Agora minha alma se dissolve,
Os dias de aflição me dominaram
A noite traspassa meus ossos
consome-os.
Os males que me roem não dormem.
Tenho o aspecto da poeira e da cinza.
Clamo a ti, e não me respondes;
Ponho-me diante de ti, e não olhas para mim.
Tornaste-te cruel para comigo,
atacas-me com todo força de tua mão.
Aniquilas-me na tempestade.
Eu bem sei, levas-me à morte,
ao lugar onde se encontram todos os viventes.
Mas poderá aquele que cai não estender a mão,
poderá não pedir socorro aquele que parece?
Esperava a felicidade e veio a desgraça,
esperava a luz e veio as trevas.
Minhas entranhas abrasam-se sem nenhum descanso,
assaltaram-me os dias de aflição.
Caminho no luto, sem sol;
levanto-me numa multidão de gritos.
Interessante a maneira que iniciaste seu post, és muito familiar, rsrsrs....
ResponderExcluirÉ exatamente como me sinto....
Obrigada por isso...
beijos
Eternidades
ResponderExcluirEste manto insalubre que me cobre,
me esfria com seu tecido gélido,
me sufoca com o vácuo,
me mata aos poucos.
A gota da triste chuva que cai,
do manto cinza e indiferente,
na pele minha,
branca e quente.
As lágrimas que correm pelo caminho do rosto,
e chegam ao canto da boca,
que entende o gosto salgado da tristeza que bate.
“E consegue simular o doce sabor da felicidade.”
E no insólito momento de felicidade,
sinto o calor que eu preciso,
me banhando e me preenchendo,
até o outro dia,
quando meu tempo frio e sofrido recomeça
com o gelado sopro de um forte vento.
Muito lindo! ^^
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